Tenor e diretor de ópera paulistano, Mauro Wrona comemora 50 anos de carreira no Teatro Sérgio Cardoso

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O repertório vai do clássico ao mais pop, destacando Villa -Lobos,Leonard Bernstein e Jacques Brel, além de pout-pourrisde canções franceses, russas e brasileiras

Com a experiência adquirida em dezenas de turnês com companhias de ópera de vários países da Europa – onde morou por 20 anos, entre Espanha, Itália, Alemanha, Bélgica e Suíçae de ter cantado com solistas famosos e com maestros renomados em palcos internacionais, o tenor e diretor de ópera paulistano Mauro Wrona comemora 50 anos de carreira com dois shows na Sala Paschoal Carlos Magno do Teatro Sérgio Cardoso nos dias 21 e 22 de setembro.

Com um repertório versátil, o artista relembra a trajetória construída ao longo destas cinco décadas com uma seleção que mescla composições clássicas do mestre brasileiro Villa-Lobos, canções do cantor e compositor belga Jacques Brel, além de músicas na fronteira entre o erudito e o popular do maestro e compositor americano Leonard Bernstein. A trilha do musical Um Violinista no Telhado também entra no set-list, assim como pout-pourris de canções franceses, russas e brasileiras.

O show conta com direção cênica de Ines Bushatsky e direção musical e arranjos de Alexandre Travassos. Michiko TashiroLicciardi, Gabriel Mira e Marcello Frenkiel completam o ensemble musical. A produção é de Vivian Vineyard.

“Este espetáculo comemorativo promete ser uma celebração de tudo o que Mauro Wrona representa: paixão pelo teatro, profundidade emocional e um compromisso com a excelência artística”, afirma a diretora.

Mauro Wrona, tenor, regente e diretorcênico

Paulistano, Mauro atuou como ator e cantor em São Paulo até se transferir para a Espanha onde começou sua carreira como tenor em produções operísticas. Com um currículo invejável – fala sete línguas -, já cantou nos mais prestigiados teatros do mundo. “Conheci pessoas interessantes e cantei com solistas e maestros famosos. Foi realmente uma experiência inesquecível”. Aos 50 anos de carreira, o tenor já participou de dezenas de títulos diferentes de ópera e espetáculos musicais.

Na Bélgica, Mauro foi artista residente do Theatre Royal de laMonnaie, de Bruxelas. Para ele, esta foi a época mais enriquecedora de sua carreira. “Tive contato profundo com os compositores como Mozart e Wagner e ampliei meus horizontes “, contou. Depois de 20 anos na Europa, iniciou seus estudos de regência nos Estados Unidos. De volta ao Brasil, graduou-se em regência pela FASM e paralelamente à carreira de cantor começou intensa atividade na direção de óperas.

É mestre em Música pela UNICAMP. De 2004a 2023 foi coordenador do “Ópera Estúdio” da EMESP, que a partir de 2017, passou a se chamar Academia de Ópera do Theatro S. Pedro. Foi assessor artístico e diretor cênico residente do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e da Companhia Brasileira de Ópera, além de diretor artístico do Festival de Ópera do Theatro da Paz, Belém do Pará (2011-2018).

Em 2019 voltou a apresentar-se como tenor, na ópera “O caso Makropoulos”, do compositor tcheco LeosJanácek. Em dezembro de 2019, dirigiu a estreia mundial das óperas “O Peru de Natal”, de Leonardo Martinelli, e “A Chave”, de Carlos Moreno. Durante 2020-21, dirigiu um concerto remoto com a Academia de Ópera do Theatro São Pedro, e participou de inúmeras lives. Em 2022 dirigiu as óperas “ServaPadrona” e “Livietta e Tracollo”, de Pergolesi, abrindo a temporada de óperas do Theatro São Pedro. Atuou também como tenor na estreia de “O canto do cisne”, com música de Leonardo Martinelli e texto de Lívia Sabag. Em 2024 concebeu e apresentou a série “Na rota da Zarzuela”, na Rádio Cultura FM de São Paulo.

Paixão começou na infância

Sua paixão pelo gênero começou na infância, incentivado por um tio barítono e pelo pai, ávido apreciador deste gênero musical. Mauro não se esquece da primeira ópera que assistiu “La Traviatta”, de Verdi. “Eu fiquei muito emocionado e fascinado. Foi amor à primeira vista”, lembra o tenor. Aos 16 anos, estreou como figurante nooratório encenado”A infância de Cristo”, de Hector Berlioz regido pelo maestro Eleazar de Carvalho. No ano seguinte, foi contratado pelo teatro de NídiaLycia, a quem deve seu conhecimento de atuação.

Ines Bushatsky – Direção cênica

Mestre em Artes Cênicas pela Escola de Comunicações e Artes da USP dirigiu, entre outros, os espetáculos A demência dos tourosB de Beatriz SilveiraO mistério cinematográfico de SendrasBerloniDr. Anti e A gente te liga, Laura. Em 2023, assinou a direção cênica das óperas do Atelier de Composição Lírica do Theatro São Pedro. Em 2024, assinou a direção das óperas A Canção de FortunioAs senhoras do mercado, de J. Offenbach no Theatro São Pedro e assina a direção geral do espetáculo Rei Lear – Shakespeare in Drag, que estreou no Teatro Anchieta do Sesc Consolação.

Alexandre F. Travassos – direção musical e arranjos

Alexandre Fracalanza Travassos é clarinetista, compositor e professor residente em São Paulo desde 1980. Estudou clarinete na Escola Municipal de Música de São Paulo e posteriormente na Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo. Atualmente é monitor instrumentista da Orquestra Experimental de Repertório, orientando jovens músicos.

 Como compositor, já recebeu diversos prêmios no Brasil e no exterior como o 1° Concurso de Composição para banda sinfônica da Banda Sinfônica do Estado de São Paulo, o PenfieldCommission Project (EUA, 2001), o 3º Prêmio Guerra-Peixe de composição para orquestra (2001), o Outdoor CompositionContest (EUA, 2010), o Otto-Ditscher-Preis (Alemanha, 2011) e o Prêmio Funarte de Composição Clássica de 2011 e 2016. Em colaboração de muitos anos com a Banda Sinfônica do Estado de São Paulo, foram estreiadas e gravadas diversas obras,entre elas Abertura Dramática e Danças do Autômato. Engajado na disseminação da música judaica, foi o criador da Banda Klezmer Brasil. Dentre as várias produções musicais trabalhou com Mauro Wrona no show Yiddish Vaudeville e no Cinema Judaico em Concert na CIP.

Vivian Vineyard- produção

Começou nas artes cênicas nos anos 80 no Centro de Pesquisa Teatral / Cpt / Grupo Macunaíma como Atriz e assistente de direção de Antunes Filho.Produziu inúmeros espetáculos, shows e áudio visual desde então. Experiência com renomados diretores como Antunes Filho, Iacov Hillel,Alexandre Reinecke, Ricardo Karman, Guilherme Leme, Cássio Brasil, Lavínia Pannunzzio. Seus mais recentes trabalhos como produtora foram o Espetáculo O Vazio na mala direção de Kiko Marques, O dia das mortes na história de Hamlet, direção de Guilherme Leme, Espetáculo Zoológico de Vidro direção de Lavínia Pannunzzio, Espetáculo Aquário direção de Cássio Brasil e o longa documentário Os herdeiros do Barão.

Para roteiro

MAURO WRONA SHOW – 50 anos em órbita

Dias e Horário: 21 e 22 de setembro às 18 horas

Linguagem: música popular/erudito

Duração: 80 minutos. Ingressos: R$100,00 inteira e R$ 50,00 meia

Teatro Sérgio Cardoso – Sala Paschoal Carlos Magno. R. Rui Barbosa, 153 – Bela Vista, São Paulo – SP, 01326-010. Tel. (11) 3882-8080

 

Ficha Técnica:

Mauro Wrona–Tenor eIdealizador

Ines Bushatsky – Direção cênica

Alexandre Travassos –Direção Musical, Arranjos e Clarinetista

Michiko TashiroLicciardi – Pianista

Marcello Frenkiel – Acordeonista e Percussionista

Gabriel Mira – Violinista

João Mostazo – Dramaturgista

Kika Sampaio – Coreografia

Eduardo JanhoAbumrad – ConsultorVocal

Fernando Passetti – Cenógrafo

Mirella Brandi – Desenho de luz

Suellen Adur(Suka)- Videoarte e Operação

Nicolas Marchi – Desenho de luz e Operação de luz

DuggMont – Operador de som

Andrea Lima – Camareira

LidiaGanhito – Design gráfico

Lee Kyung Kim- Fotografia e Filmagem

Arte Plural- Maria Fernanda Pinto Teixeira- Maria Aparecida Joachim- Mauricio Barreira- Assessoria de imprensa

Vivian VineyardRotter – Produtora

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